Digital Logos Edition
O tratamento de Gordon Clark ao assunto é uma joia rara. Enquanto outros recuam e são transigentes, cedendo ponto após ponto, ele enfrenta o desafio com conhecimento e precisão. Ele mantém a defesa da natureza constante de Deus e explica todas as outras coisas por meio dela. Essa é a única abordagem correta, e resulta numa resposta que não pode ser questionada. No processo, ele interage com vários teólogos filósofos, chega a definições apropriadas para termos cruciais, e responde às objeções. A exposição de forma geral tão excelente que torna quase todas as outras tentativas supérfluas.
“Lá, não seremos capazes de pecar. Mais uma vez, por conseguinte, a capacidade para fazer o bem ou o mal é algo que não existe, pois, embora consigamos fazer o bem, não seremos capazes de fazer o mal. Há, por conseguinte, três etapas em todo o drama humano: antes da queda, posse non pecare (é possível não pecar); no mundo porvir, non posse pecare (não é possível pecar); mas no mundo presente, non posse non pecare (não é possível não pecar). Logo, Adão foi o único homem que já teve livre-arbítrio – livre-arbítrio no sentindo usual do termo.” (Page 29)
“Não somente livre-arbítrio e permissão são irrelevantes para o problema do mal, como também, além disso, a ideia de permissão não faz sentido inteligível.” (Page 34)
“Mantendo a harmonia com a opinião comum, a expressão livre-arbítrio será usada de agora em diante para indicar a teoria de que o homem, perante cursos de ação incompatíveis, tem a capacidade de escolher tanto um como o outro.” (Page 32)
“A suposição metafísica de que ser é melhor do que não-ser, não leva à conclusão de que ser pecador é melhor do que ser pedra?” (Page 28)
“Livre-arbítrio quer dizer que não existe nenhum fator determinante operando sobre a vontade, nem mesmo Deus. Livre-arbítrio significa que qualquer uma de duas ações incompatíveis é igualmente possível. Livre agência segue de mãos dadas com a ideia de que todas as escolhas são inevitáveis. A liberdade que a Confissão de Westminster atribui à vontade é a liberdade da compulsão, da coação, ou da força de objetos inanimados; não é liberdade do poder de Deus.” (Pages 64–65)
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